É um Curso Livre coordenado por Ana Alexandra Alves de Sousa, que dará as primeiras sete sessões, e Cristina Abranches Guerreiro, que dará as sete últimas. Funcionará no segundo semestre do ano lectivo de 2024-2025. O horário será combinado na segunda-feira, 10 de Fevereiro, às 12:00 com os interessados. As sessões serão semanais e terão a duração de 3 horas. A avaliação final é facultativa. O curso tem 3 ECTS. Requer conhecimentos de língua grega.
Os interessados devem enviar um email para o Centro de Estudos Clássicos, manifestando sua intenção de participar no curso, e comparecer ao encontro no dia 10 de Fevereiro de 2025, às 12:00, no Departamento de Estudos Clássicos da FLUL.
Para isso propõe-se, para as primeiras sete aulas, o estudo de um momento crucial da História: a desastrosa retirada de Siracusa, lida em Tucídides 7. 80-87 e Diodoro Sículo 13.19-20.2.2.
Tem como objectivos:
1. Alargar o conhecimento dos autores clássicos da literatura grega.
2. Ler no original narrativas históricas de grande impacto e influência na recepção literária.
3. Aperfeiçoar as competências linguísticas da língua grega.
4. Adquirir competências linguísticas em grego clássico que permitam ler textos de nível avançado.
5. Adquirir facilidade de leitura em extensão.
Esta dramática retirada culmina no massacre dos atenienses cercados pelas tropas siracusanas, que, no rio Assínaro, tentavam saciar a sede, bebendo água misturada com lama e sangue. De todos os feitos helénicos, Tucídides considera este o mais desastroso para os vencidos, sujeitos a uma destruição total, tanto na armada como nas tropas terrestres. O episódio é particularmente significativo pelo colapso de um exército que antes se considerava invencível.
Para a segunda parte do semestre, propõem-se trechos de Políbio, um autor que escreveu sobre a História de Roma, centrando-se nos cerca de 53 anos (221-168 a.C.) em que Roma subjugou Cartago e se tornou uma potência marítima no Mediterrâneo. Considerando como lei histórica a ἀνακύκλωσις da monarquia, da aristocracia e da democracia (Histórias 6. 3-4), o historiador reconhece no Estado romano essas três formas de Constituição. Se outros autores gregos aludem ao domínio da língua latina (e.g. Diodoro 1. 4. 1), Políbio não o refere expressamente, mas entre as muitas fontes romanas a que faz referência, apresenta a sua tradução do primeiro tratado entre Roma e Cartago (Histórias 3. 22). Falando da cultura e das instituições romanas, são muitos os latinismos lexicológicos e fraseológicos no grego de Políbio, para que chamaremos a atenção no decurso das aulas.