António de Gouveia SJ: O primeiro historiador europeu da China
No período de transição dinástica entre os Ming e os Qing é possível identificar uma sequência de textos escritos pelos jesuítas da Missão da China que atestam o seu esforço no sentido de harmonizarem a história chinesa com a cronologia bíblica. Com recurso a fontes chinesas, estas obras destinavam-se a uma audiência europeia. Referimo-nos, em primeiro lugar, à história da China, hoje desaparecida, preparada por Nicolas Trigault; à Sinicae historiae decas prima (Munique, 1658), de Martino Martini (1614-1661); e, por fim, a uma obra que é pouco conhecida, a Monarchia da China de António de Gouveia SJ (1592/94-1677).
Nesta sessão é abordado o percurso multifacetado deste jesuíta assim como este extenso manuscrito redigido no ano de 1654, na cidade de Fuzhou. A data da sua redação e a abrangência cronológica da sua narrativa, que se estende desde as origens da raça humana, correspondendo ao reinado do Imperador Fuxi (2952 BC), até ao início da dinastia Qing (1644-1912), conferem a este texto um carácter pioneiro no género.
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