Knowing is the origin and source of writing well.
Scribendi recte sapere est et principium et fons.
Horace, Epistles 2.3.309
The eClassica is an annual peer-reviewed journal of Classical Studies. It is the new, digital version of the journal Classica, which was published in print format for twenty-nine years. This journal eClassica aims not only at publishing the work of young researchers but also conference volumes.
First Series (ended)
Número 1 (1977)
A ideia de publicar “uma revista de divulgação cultural e pedagógica no domínio dos estudos clássicos” surgiu em Julho de 1976. Um grupo do docentes do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa acabaria por fazer nascer CLASSICA — Boletim de Pedagogia e Cultura no mês de Janeiro de 1977. A revista importava em 80$00.
No número inaugural, este grupo de professores proclamava uma espécie de manifesto, cujos princípios se manteriam, grosso modo, os mesmos: CLASSICA assume-se (em Janeiro de 1977) de “carácter experimental”, uma vez que “não representa um compromisso, somente um esquema que propomos para apreciação, pois consideramos que a revista não é pertença do grupo que se responsabilizou pelo seu lançamento nem do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; pensamos, pelo contrário, que ela é de todos nós, aqueles que somos estudiosos das coisas clássicas, quer estejamos no ensino ou não, quer sejamos especialistas ou apenas interessados. Assim, esperamos a colaboração de todos — e colaboração efectiva — não só através do envio de sugestões, de envio de notícias ou esclarecimentos, como também de divulgação. (…)
“Nós acreditamos na Cultura Clássica e no futuro dos estudos clássicos em Portugal. Conhecemos as limitações, colectivas e individuais, as carências, as inibições e os receios. Mas defendemos uns Estudos Clássicos dinâmicos, que procurem — sem atraentes roupagens mistificadoras — situar-se no nosso tempo e encarar a problemática básica sem desvios pré-concebidos ou tendenciosos. O ressurgir dos Estudos Clássicos terá de ser feito por nós, nas escolas, na rua, em casa, no convívio… Não é, certamente, com atitudes negativistas nem com evidente ignorância e incompetência profissionais que o objectivo será alcançado. Por isso lutamos, por isso surge CLASSICA.
“Esclareça-se que achamos, por outro lado, que a revista deve ter intervenção a nível pedagógico e não só no que concerne às línguas, literaturas e culturas clássicas gregas e latinas. Além das relações culturais, estamos, profissionalmente, na maioria dos casos, ligados ao ensino da língua e literatura portuguesas. Elas devem ter também lugar, e importante, na nossa revista.
“Quanto ao conteúdo, e para além dos artigos de carácter científico, sugerimos o envio de mais trabalhos com características pedagógicas (problemas teóricos, trabalhos de estágio, esquemas de aulas, etc.), de notícias (…). A divulgação de várias correntes e de várias posições é importante e a troca de opiniões será um elemento positivo. (…)
“Necessitamos de mais colaboradores e de mais colaboração. (…)”
Sumário
- “Nota de abertura” | (p. 3)
- “Poemas homéricos e graus de civilização” | J. Lourenço de Carvalho (p. 7)
- “O Romance de Cáriton, Quéreas e Calírroe” | Cristina de Sousa Pimentel (p. 53)
- “Tratamento de textos em computador — Uma via em aberto” | Aires Nascimento (p. 73)
- “Pela pronúncia clássica do latim clássico” | Custódio Magueijo (p. 87)
- “Comentário a um texto” | Maria Alice Duarte (p. 93)
- “«Jesus», de Miguel Torga, versão latina” | Custódio Magueijo (p. 107)
- “Filologia Clássica; que futuro?” | M. Ramos Ribeiro (p. 111)
- “Latim, latinistas e latinófilos” | Flávio Vara (p. 115)
Comissão Responsável
Cecília Goucha Soares
Custódio Magueijo
José Pires da Cruz
Rosa Maria Perez
Victor Jabouille
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Número 2 (1977)
Da nota de abertura: “iniciamos neste volume uma secção bibliográfica, organizada de acordo com publicações que chegaram à nossa redacção, e destinada a orientar o público interessado, no que respeita ao valor de cada uma.” CLASSICA custava, então, 100$00 avulso e 80$00 para assinantes.
Sumário
- “Abertura” | (p. 1)
- “O Mito de Édipo numa obra contemporânea do teatro português” | V. Jabouille (p. 3)
- “Tratamento de textos em computador — Lematização” | A. Nascimento (p. 15)
- “O episódio de Dido na Eneida — Análise estrutural” | Manuel S. Rodrigues (p. 29)
- “Para a pronúncia do latim — Um texto gramatical dos códices alcobacenses” | A. Nascimento (p. 51)
- “Asterix, ou uma possibilidade de utilização da banda desenhada no ensino do latim” | V. Jabouille (p. 57)
- “Versão latina de um texto de D. Duarte” | C. Magueijo (p. 63)
- “Filologia Clássica — Perspectivas actuais” | Manuel R. Ribeiro (p. 69)
- “À espera da Reforma…”| Aires Nascimento, António R. Almeida, Custódio Magueijo, J. A. Segurado e Campos, V. Jabouille (p. 73)
- “Bibliografia” | (p. 75)
Comissão Responsável
Cecília Goucha Soares
Custódio Magueijo
José Pires da Cruz
Rosa Maria Perez
Victor Jabouille
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Número 3 (1978)
Este fascículo é quase inteiramente dedicado à pronúncia do latim. A Nota de Abertura inclui uma reflexão sobre a “validade (em termos de “útil” e “actual”) dos estudos clássicos: se não são úteis nem interessam ao homem actual, ou se, do ponto de vista pragmático, podemos substituí-los com vantagem, para quê então insistir em mantê-los a todo o custo no nosso sistema de ensino? Apenas para conservar a tradição… ou os nossos empregos? “Estamos convencidos de que, na moderna sociedade, o estudo da cultura, das línguas e literaturas clássicas já não deve ocupar a posição que noutros tempos se justificaria. Mas que lugar lhe cabe ainda (se cabe)?
“Não vamos tocar na velha tecla de que o grego e o latim têm um valor formativo e humanístico insubstituível. Na verdade, uma tal afirmação reflecte uma certa morbidez idealista, e defendê-la é correr o risco de cair no ridículo… o que não quer dizer que neguemos aos estudos clássicos largas possibilidades formativas, que, no fundo, ainda não foram esgotados. “Para além deste aspecto, a nossa defesa dos estudos clássicos assenta em bases mais objectivas: elas são, agora sim, insubstituíveis em vários ramos da actividade científica, como, por exemplo, História (medieval portuguesa… e não apenas), Epigrafia, Arqueologia, Filosofia, Linguística, Literatura (e não só da época “humanística”), para não mencionarmos outros talvez discutíveis. “Em qualquer destes ramos, o investigador tem obrigação de, pelo menos normalmente, se bastar a si próprio quando trabalha com documentos escritos em latim (ou grego…). (…)
“Como se vê, não pedimos a lua, mas apenas uma reforma de vistas largas, a qual, sem obrigar toda a gente a estudar latim e/ou grego, a muitos dê, efectivamente (…), a liberdade de escolherem uma disciplina indispensável cultural e profissionalmente.”
Sumário
- Nota de Abertura | (p. 3)
- Kikeristas e Ciceristas ou uma Polémica à Portuguesa | Custódio Magueijo (p.7)
- Normas para a pronúncia do latim clássico | Maria Isabel Rebelo Gonçalves (p. 21)
- Nome das letras no alfabeto latino| Aires A. Nascimento (p. 27)
- Sobre a pronúncia do latim | Joana B. Baptista (p. 31)
- Tratamento de textos em computador — Análise linguística | Aires A. Nascimento (p. 33)
- A problemática da justiça de Zeus n’O Prometeu de Ésquilo | Manuel Alexandre Júnior (p. 47)
- Carta Aberta a S. Ex.cia o Sr. Ministro da Educação | (p. 71)
- Bibliografia | (p. 79)
Comissão Responsável
Cecília Goucha Soares
Custódio Magueijo
José Pires da Cruz
Rosa Maria Perez
Victor Jabouille
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Número 4 (1978)
Este número de CLASSICA tem (…) um interesse particular. Publicamos um conjunto de três artigos que se debruçam sobre um texto literário português de temática e inspiração clássicas: o conto A Perfeição de Eça de Queirós. Atingimos assim o triplo objectivo clássico-português-pedagógico
Sumário
- “Notas para uma abertura” | Victor Jabouille (p. 3)
- “Tratamento de textos em computador — Concordâncias Verbais” | Aires Augusto Nascimento (p. 6)
- “Análise estrutural do conto A Perfeição de Eça de Queirós” | Marília Pulquério Futre (p. 19)”
- “A Perfeição — um conto de Eça de Queirós” | Manuel Alexandre Júnior (p. 41)
- “Análise semiótica do conto A Perfeição” | Ildo da Rocha Silva (p. 55)
- “A Hospitalidade em Homero” | Joaquim Lourenço de Carvalho (p. 71)
- “Dáfnis e Cloe, romance de Longo” | Orlando de Figueiredo Farinha (p. 79)
- “Aos Quatro Ventos” | (p. 83)
- “Bibliografia” | (p. 8)
Comissão Responsável
Cecília Goucha Soares
Custódio Magueijo
José Pires da Cruz
Rosa Maria Perez
Victor Jabouille
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Número 5 (1979)
Após três anos de atribulada existência, CLASSICA publica o seu quinto volule, completando, assim, um primeiro ciclo de vida. Este n.º 5 encerra, esperamos, o “período romântico”, o “quixotismo” que transforma a crença em esforço e a vontade em obra. Sem apoios materiais, sem infra-estruturas, apoiada apenas no querer e no esforço de alguns e contando com uma colaboração pouco abundante, CLASSICA sobreviveu, parece-nos, com dignidade. A prová-lo, o número de assinantes que, sendo embora diminuto comparado com o de outras revistas, congrega quase todos os que neste País se interessam pelos problemas das “coisas clássicas” e do Português. Entretanto, já se vai falando de CLASSICA no estrangeiro. Cinco números em três anos é, evidentemente, uma produção diminuta. O aspecto gráfico não é, também, aquele que todos desejaríamos e a colaboração não é tão vasta e diferenciada como pretendíamos. Sem procurar fazer um balanço e olhando para o futuro, diremos que, procurando manter aquilo que de positivo CLASSICA tem tido, se fará um esforço de remodelação e dinamização.
Sumário
- “Nota de Abertura” | Victor Jabouille (p. 3)
- “POSTRIDIE MANE — Uma experiência em banda desenhada” | Joana de Barros Baptista (p. 5)
- “Os búrios — Um importante achado arqueológico” | Domingos Maria da Silva (p. 19)
- “Perspectivas para uma Sociologia das Literaturas Clássicas Gregas e Latina” | Victor Jabouille (p. 45)
- “Bibliografia” | (p. 58)
Comissão Responsável
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Número 6 (1980)
Sumário
- “Editorial: A distância, a recuperação, o jogo” | Aires Augusto Nascimento (p. 3)
- “Plauto em proposta teatral para hoje” | Aires Augusto Nascimento, Luís Miguel Cintra (p. 5)
- “Paragens mais remotas que estas terras” | Cornucópia (p. 8)
- “Marcus et Tullius in theatrum ueniunt” | Arias Augustus, M. Helena Castilho (p. 31)
- “O Teatro Romano em Lisboa” | João de Castro Nunes (p. 35)
- “A querela do Latim” | Claude Lennie e Jacques Cellard (p. 47)
- “Dos Quatro Ventos”: Salvar a Acrópole; Otium et Pax em Plínio o Moço; A Língua Lusitana; Em Defesa das Línguas Clássicas no Ensino Secundário; Curso de Codicologia e Iluminura | (p. 51)
- “Bibliografia” | (p. 65)
Bibliografia recenseada
- Peter Cornoly, O exército romano. Tradução de Alvaro Carlos. Lisboa, Ed. Ática, 77 pp., ilust., in fol., Aires Nascimento (p.65 )
- Maria Leonor Carvalhão Buescu, Aspectos da Herança Clássica na Cultura Portuguesa . Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 100 pp., Aires Nascimento (p.66)
- António José Saraiva, A épica medieval portuguesa . Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 94 pp., Aires Nascimento (p.67)
- Armando Castro, As ideias económicas no Portugal Medievo (séc. XIII e XIV) . Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1978, 127 pp., Aires Nascimento ( p.69)
- Carlos Reis, Técnicas de Análise Textual, Introdução à Leitura Crítica do Texto Literário . Coimbra, Livraria Almedina, 1978 (2.ª edição revista e aumentada), 482 pp., Victor Jabouille (p.70)
- Carlos Reis, Introdução à Leitura d’ “Os Maias”. Coimbra, Livraria Almedina, 1979 (2.ª edição), 172 pp., António Mateus Vilhena (p.72)
Comissão Responsável
Aires Augusto Nascimento
Victor João V. Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Ana Maria Dias Luz
M. Filipa M. Cordeiro
Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Impressão: COPIMAT
Tiragem: —
ISSN: —
eISSN: 2183-6485
Lisboa, Dezembro de 1980
Número 7 (1981)
Neste número “dialogámos com VERGÍLIO FERREIRA que também de clássicos tem muito que contar. Reflectimos com G. Durand, na sua passagem por Lisboa, pois que sobretudo ao mundo clássico tem ele ido buscar muitos dos seus materiais de base e a sua inspiração mais fecunda. Deixamos pistas de orientação. Procuramos informar sobre actividades desenvolvidas à nossa volta (…). Tentamos criar elementos de reflexão.”
Do Editorial: “Equacionar a permanência de uma educação que assegure a consciência e a explicitação da cultura clássica em termos de custos monetários é esquecer, pelo menos, que nem só de pão vive o homem. Importará, mais do que isso, questionar quais os custos reais do esquecimento dessa cultura e do apagamento dos meios e instrumentos que a ela conduzem. Aprender gramática não é tudo, nem talvez o aspecto mais importante quando dimensionamos o objectivo que é a fruição estética de um poema (lírico, épico), de uma peça de teatro… Mas não será possível lá chegar sem o encaminhamento que passa pela gramática. Desconhecendo Vergílio poder-se-á viver (ou dormir) sossegado e tranquilo. Mais tranquilamente que sem água a correr na torneira, o peixe no frigorífico, a energia eléctrica na tomada para o aspirador ou para a torradeira, o bife no prato ou o leite condensado… Mas importará saber se, sem tal conhecimento, será possível apreender o universo da epopeia ocidental, ou todo um conjunto de reminiscências que ecoam aqui e além na literatura moderna. Pretende-se também inventar uma linguagem. Mas funcionar com aquela que nos foi transmitida implica tomar consciência das ressonâncias (denotações e conotações) que lhe serem de base.
“Equacionar dois mundos em termos de custos implica, para que a operação tenha um mínimo de credentidade, que esses dois mundos sejam sobreponíveis e que qualquer deles seja passível de ser tomado como moeda de troca.” “Uma coisa não é possível ignorar pelo menos: a cultura clássica, como mundo organizado de conhecimentos, leva vantagem às outras correntes. Por muito que se queiram apontar fracturas entre ela e nós, a continuidade é reconhecida pelos espíritos mais lúcidos, os quais inclusivamente nela procuram por vezes uma compreensão das sínteses e dos valores que hoje lhes faltam.”
Sumário
- Paratexto
- Editorial: Escola Portuguesa — A procura de um espaço: legítimo, contestado, consentido | Aires Nascimento (p. 3)
- Vergílio Ferreira: O perfil clássico | Victor Jabouille (p. 7)
- Gilbert Durand: O novo espírito antropológico ou a importância do mito | Victor Jabouille (p. 33)
- Thisbe et Pyramus [banda desenhada a partir de um excerto de Ovídio] | (p. 57)
- Bibliografia | (p. 111)
Bibliografia recenseada
- Mário Martins, A Bíblia na literatura medieval portuguesa. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 142 pp., Aires Nascimento (p.111)
- Mário Martins, A sátira na literatura medieval portuguesa(séculos XIII e XIV). Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1977, 135 pp.; Mário Martins, O riso, o sorriso e a paródia na literatura portuguesa de Quatrocentos. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1978, 118 pp., Aires Nascimento (p.112)
- Luciano Rossi, A Literatura Novelística na Idade Média Portuguesa. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 122 pp., Aires Nascimento (p.114)
- Latim (textos de apoio para o 10.º ano de Escolaridade). Lisboa, Ministério da Educação e Ciência — Direcção Geral do Ensino Secundário, s.d., 164 pp., António Mateus Vilhena (p.115)
Direcção
Aires Augusto Nascimento
Victor João V. Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Maria Libânia Rebelo
Dactilografia e impressão: Associação dos Estudantes da FLL
Número 8 (1982)
Dedicar um número de CLASSICA a Vergílio não precisa de justificação particular. Não é ele o mais clássico de todos os clássicos, consagrado, ainda em vida, pela Escola, e mantido, ao longo dos séculos, como guia orientador na busca da sabedoria-ciência, ao mesmo tempo que celebrado como padrão de arte e bem dizer?
Consagrar, porém, este número a Vergílio no ano do bimilenário da sua morte representa também, e necessariamente, um gesto ritual. Intencionalmente repristinador e reinstaurador.
Sumário
- “Editorial: Comemorar Virgílio – No Bimilenário da sua morte” | (p. 3)
- “O Cavalo de Tróia – Análise de Eneida, II, 13-249” | José António Segurado e Campos ( p. 5)
- “Traduções Portuguesas de Vergílio” | Aires Nascimento (p. 83)
Direcção
Aires Augusto Nascimento
António S. Rodrigues de Almeida
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Número 9 (1982)
Consagramos este número de CLASSICA ao Grego. A temas gregos e à pedagogia de Língua Grega. Aqueles que não podem surgir sem o ensino desta. Mas será que há maior interesse por aqueles que por esta? Importaria ter um mapa da frequência desta disciplina no Ensino Secundário e no Ensino Superior e conhecer as sequências que advêm dos condicionamentos concretos postos ao funcionamento das turmas liceais.
Sumário
- “Editorial: Graecum est” | Aires Nascimento (p. 3)
- “A Dolonia: Interlúdio, sim ou não?” | Ana Paula Martins da Fonseca, Maria Leonor Santa Bárbara de Carvalho (p. 5)
- “O Filósofo-lavrador da Beócia” | Joaquim Mendes de Castro (p. 15)
- “Um exemplo de convergência da Fé Egípcia e da sageza grega” | Maria de Lourdes Flor de Oliveira (p. 26)
- “As aulas de Grego no Ensino Secundário” | Victor J. V. Jabouille (p. 47)
- “A situação do Grego no Ensino Secundário” | Maria do Céu Faria (p. 84)
- “O Grego Moderno como via de acesso ao Grego Clássico” | Custódio Magueijo (p. 88)
- “Instantâneos” | Cristina Maria Negrão Abranches, Maria da Consolação Pires Teixeira (p. 93)
Direcção
Aires A. Nascimento
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Maria Leonor S. B. Carvalho
Número 10 (1983)
“Este número de CLASSICA volta-se para uma experiência desenvolvida nos últimos anos com o lançamento do curso de Mestrado em Literaturas Clássicas.”
Sumário
- “Editorial: Homo Litteratus” | Aires Nascimento (p. 3)
- “Problemática da Literatura Comparada” | Aires A. Nascimento, José António Segurado e Campos (p. 5)
- “A Phèdre de Racine e os seus modelos clássicos” | Maria do Céu N. Faria (p. 23)
- “Quatro amas para três tragédias” | J. Mendes de Castro (p. 79)
- Livros Recebidos
Direcção
Aires A. Nascimento
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Maria Leonor S. B. Carvalho
Número 11 (1984)
Este número de CLASSICA, saído logo após a morte do Professor Lourenço de Carvalho, conta com dois contributos dispensados amavelmente pelos Directores da Didactica Classica Gandensia, da Universidade de Gaud, e da Revue du L.A.S.L.A. da Universidade de Liège.
Sumário
- “Editorial: Regressamos ao Latim?” | Aires Nascimento (p. 3)
- “A Taxonomia dos objectivos da disciplina de latim” | A. de Block, A. Louwyck, L. Martens, C. Brusselmans-Dehairs (p. 5)
- “Apresentação de um vocabulário de base do latim (Publicado pelo Laboratório de Análise Estatística das Línguas Antigas da Universidade de Liège)” | (p. 21)
- “À memória do Prof. Joaquim Lourenço de Carvalho. Contributo para uma leitura da Eneida mediante a análise da figura de Eneias” | Arnaldo do Espírito Santo (p. 77)
Direcção
Aires A. Nascimento
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Número 12 (1985)
Sumário
- “Editorial: A opção pelos clássicos: uma experiência assumida em Joaquim Lourenço de Carvalho” | Aires Nascimento (p. 3)
- “Eneias ou o Homem em Busca de Si Mesmo” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 5)
- “O Universo Feminino dos Poemas Homéricos” | Maria do Céu Novais Faria (p. 64)
- “Ulisses nos joelhos ou aos pés? (Od. 18.394-5)” | J. Mendes de Castro (p. 97)
Direcção
Aires A. Nascimento
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Manuel dos Santos Rodrigues
Número 13 (1986)
“Reestruturar, remodelar, avaliar os resultados obtidos, repensar as linhas programáticas… Palavras e expressões que, de tão utilizadas, acabaram por perder o seu sentido e ficar reduzidas a lugares comuns, sem contexto e sem significado. Ao publicar o seu número 13, CLASSICA — Boletim de Pedagogia e Cultura — revista cuja direcção sempre foi crítica em relação ao conteúdo e à actuação —, não se reestrutura nem altera os seus objectivos e, antes pelo contrário, afirma a sua determinação de prosseguir na sua defesa dos Estudos Clássicos, na prática da sua actualização e divulgação; também na defesa da cultura, da literatura e da língua portuguesas — o conceito de clássico é abrangente mas globalizante —, bem como no apoio daqueles que, agentes de cultura e/ou de ensino, apostam na defesa e concretização desses objectivos. “Houve, naturalmente, mudanças.
O Professor Doutor Aires Augusto Nascimento, que durante vários números, foi, mais do que Director, o grande obreiro, dinamizador e divulgador de CLASSICA, viu-se obrigado, ao assumir novas responsabilidades profissionais, a deixar a direcção da revista. Os números que foram publicados sob a sua direcção testemunham a excelência do trabalho realizado e obrigam ao compromisso de prosseguir e, desse modo, a persistir na defesa de reais e positivos princípios científicos e pedagógicos. (…) “O formato da revista alterou-se, mas tal não significa o princípio de uma nova série. É, apenas, o resultado da intenção necessária de racionalizar o trabalho, de reduzir as despesas e de facilitar a consulta. “A problemática do estudo da literatura portuguesa e do seu ensino têm tido eco nas páginas de números anteriores desta revista. Como encarar e analisar a obra literária e, até, como levar um estudante, muitas vezes desmotivado e distante do artefacto literário, a abordar um texto? Níveis de leitura e metodológicos de abordagem diversos implicam, obviamente, perspectivas diferentes; o enriquecimento é o da obra e o da própria literatura. E, é claro, do Leitor. É com um contributo para esse enriquecimento que, nas páginas que se seguem, se publicam propostas de leitura de três textos literários portugueses.”
Sumário
- “Editorial” | Victor Jabouille (p. 3)
- “Proposta para o estudo da Mensagem de F. Pessoa” | António Mateus Vilhena (p. 5)
- “Didáctica de uma estrutura trágica: a Castro de António Ferreira” | Raul Pissarra (p. 129)
- “A Problemática da Vida na «Visita das Fontes» de D. Francisco Manuel de Melo” | João Beato (p. 149)
Direcção
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M.Espírito Santo
Manuel dos Santos Rodrigues
Número 14 (1987)
Situação inesperada, talvez mesmo surpreendente, aquela com que deparamos, hoje, em Portugal, no que diz respeito ao ensino do Latim. Após um período que parecia ser de agonia e que se manifestou pelo quase total despovoamento das aulas de latim, somos, nestes momento, confrontados com uma situação de quase exuberância: milhares de estudantes, em todo o país (mas principalmente a norte do Tejo) frequentam esta disciplina. Só nos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade são cerca de 6000 os alunos inscritos. E o futuro não se mostra menos ridente: já foi afirmada a necessidade de integração da cadeira de Latim em currículos dos cursos de Línguas e Literaturas das Faculdade de Letras e de Ciências Humanas, que, nas reformas actualmente em vigor, não a contemplam.
Exige-se, ainda, e com algum eco a nível das entidades oficiais, que a disciplina de Latim passe a integrar os currículos de outros cursos do ensino secundário (História, Filosofia, Direito…).
Tudo parece indicar que o esforço antigos dos classicistas nacionais está a produzir resultados positivos e que, qual Fénix, o Latim renasce como força actuante no panorama escolar, e cultura, português.
Muitos são os motivos que justificam o estudo do Latim — e a referência a Latim e não a Língua Latina é intencional, já que aquela designação pressupõe que, a par da Língua, se concretize um estudo da cultura —, sobretudo se tivermos presente que Portugal é um país que utiliza uma língua derivada do Latim, língua essa que é também veículo de expressão oficial de outras nações, e onde, por outro lado, a cultura latina deixou vestígios evidentes. Razões culturais, científicas e pedagógicas justificam a inclusão do Latim nos currículos médio e superior, razões que, resumindo, vão desde a conclusão de que é uma peça indispensável para o desenvolvimento de uma mentalidade lógica à afirmação de que possibilita o aumento das capacidades de abstracção, memorização e racionalização, passando, evidentemente, pelo papel primordial como elemento de manutenção de uma tradição cultural e de estímulo no sentido estético.
Embora Portugal não seja Roma, a cultura nacional passa, obviamente, de uma forma directa ou indirecta, embora não predominante, pela latina. Se Portugal aposta no futuro — e a integração na CEE parece querer provar a adesão a um espírito de novidade e de progresso —, não é possível continuar a desprezar a tradição cultural. Um país não se define apenas pelos seus rendimentos per capita ou pelo seu produto nacional bruto; é também culturalmente que as nações se afirmam e é com base na tradição cultural — que não é sinónimo de revivalismo nostálgico de um passado perdido — que evoluem. Esta tradição cultural não é, em si, um fim, mas, antes, um meio. Um meio de manter e divulgar, de relacional, de permitir a conservação, actualizada, de valores, e de compreender – exige-se principalmente uma tradição cultural que seja um modo de compreensão da vida, do mundo, do homem, do passado e do presente, de um presente que deve ter uma projecção no futuro.
(…)
Consciente da oportunidade do momento e do grande esforço desenvolvido pelo ICALP e pelo grupo de Latim do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras de Lisboa para a preparação do Colóquio sobre o Ensino do Latim (Lisboa, Maio de 1987), CLASSICA decidiu lançar este número especialmente dedicado à situação do ensino do latim. Queremos publicamente testemunhar o nosso agradecimento do Prof. Dr. Peter Wülfing, que autorizou a publicação das comunicações do Colóquio de Tubinga sobre a situação do estudo das línguas clássicas (Romiosini Verlag, Köln, 1986), e à Prof. Dr.ª Maria Helena de Teves Costa Ureña Prieto, que obteve essa autorização e a ofereceu à CLASSICA. Decidimos acrescentar algo sobre o ensino do latim em Portugal, pelo que apelámos para o apoio do Prof. Dr. Aires Augusto Nascimento, do Dr. Manuel Rodrigues e do Dr. Raul Pissarra. Queremos também agradecer aos colegas que traduziram os artigos das línguas originais: Prof. Dr. Manuel Alexandre Júnior, Dr.ª Nazareth Sanches, Dr. Arnaldo Monteiro do Espírito Santo e Dr. Manuel Rodrigues.
Sumário
- “Editorial: Fénix ou da esperança e do ensino do latim” | Victor Jabouille (p. 3)
- “Situação actual do ensino das Línguas Clássicas na Europa, Actas do XI COLLOQVIVM DIDACTICVM, Tubinga 1986. Prefácio” | (p. 7)
- Grécia | Daniel Jacob (p. 10)
- Itália | Carlo Santini (p. 13)
- Áustria | Robert Muth (p. 18)
- Holanda | Anton D. Leeman (p. 21)
- França | Robert Schilling (p. 24)
- Reino Unido | John V. Muir (p. 28)
- Suíça | André Schneider (p. 32)
- Jugoslávia | Marijan Brucic (p. 36)
- Bélgica | Josef Veremans (p. 38)
- República Federal Alemã | Kjeld Matthiessen (p. 42)
- Dinamarca | Finn Jorsal (p. 47)
- Posfácio (p. 51)
- “Portugal. O Latim, uma memória operativa do Português” | Aires Augusto Nascimento (p. 56)
- “Profissionalização em Exercício e rejuvenescimento do ensino do Latim” | Manuel dos Santos Rodrigues (p. 66)
- “Sensibilização para o estudo das Línguas Clássicas” | Raul Pissarra (p.76)
Direcção
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Manuel dos Santos Rodrigues
Impressão: Associação dos Estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa
Número 15 (1988)
Entre os vários documentos preparatórios da “Reforma do Sistema Educativo”, sobressai a “Proposta de Reorganização dos Planos Curriculares dos Ensinos Básico e Secundário”, elaborada por uma comissão constituída por J. J. R. Fraústo da Silva (coordenador), Roberto Carneiro, Manuel Tavares Emídio e Eduardo Marçal Grilo. A Proposta, bem apresentada e enunciadora de grandes princípios sociais e éticos, é, apesar disso, perigosa. Perigosa porque afirma generalidades sob a aparência de opinião douta; perigosa porque transforma lugares comuns em verdades científicas; perigosa, ainda, porque afirma sem justificar e porque justifica sem precaução.
Apreciamos, evidentemente, os grandes princípios morais, a afirmação da necessidade de desenvolvimento técnico, científico e económico ou da melhoria da qualidade de vida. Já que aderimos à CEE, devemos ser Europa Comunitária e consideramos que o nivelamento deve ser feito por cima. Só que, acentuando a tónica do sucesso, da modernidade, do progresso, da compreensão, a Proposta acaba por proteger a priori aquilo que afirma não pretender, isto é, a ausência de qualidade, de rigor, de nível científico.
O aluno formado no esquema proposto arrisca-se a ser um “generalista” relativamente ignorante e de intelecto preguiçoso, abúlico, com falhas graves de conhecimentos e com problemas de afirmação e definição.
É este o momento de esclarecer que nem concordamos com o “sistema” em vigor nem achamos que tudo é mau na Proposta. Não calamos é os aspectos negativos, em particular aqueles que proporcionam um abandono dos valores culturais a favor de um pretenso tecnicismo já em desuso em países inspiradores da Proposta. E este desinteresse pelo investimento cultural — que fundamenta, de facto, a originalidade de um Povo — é particularmente sensível na área da Línguas e Culturas Clássicas.
Apesar do “rebuçado” de uma variante de cultura clássica na área de Estudos Humanísticos, o Latim e, mais ainda, o Grego, saem particularmente maltratados.
Há opções e a cultura é uma opção cara, sem cotação na Bolsa e sem anúncio de OPV. O analfabetismo velado da miopia cultural não pode justificar erros.
Depois dos debates políticos, CLASSICA quer renovar o alerta tantas vezes repetido (…): é necessário desenvolver (não proteger como espécie em extinção) o estudo das línguas e culturas da Grécia e de Roma antigas, elementos primordiais do património comum ocidental (e, por isso, também português). O Latim é a basezinha que não deve ser espoliada do Grego.
Sumário
- “Editorial: Tempora mutantur” | Victor Jabouille (p. 3)
- “Variações sobre um tema: A cegueira humana” | Maria do Céu Novais Faria (p. 5)
- “Ulisses: esboço de uma ficha de caracterização” | Maria do Céu Novais Faria (p. 45)
- “A visão dantesca de Ulisses e a sua integração numa concepção de Inferno” | João Daniel Lourenço (p. 52)
- “O platonismo em Camões” | António Monsanto Registo (p. 69)
- “O Portugal da Mensagem (sobre a Mensagem de F.P.)” | Cristina Sobral (p. 84)
- “A Proposta de Reorganização dos Planos Curriculares dos Ensinos Básico e Secundário:
- Posição da Faculdade de Letras de Lisboa | (p. 101)
- “Que futuro para o Latim e o Grego à luz da Proposta?” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 107)
Direcção
Victor J. Vieira Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Manuel dos Santos Rodrigues
Número 16 (1990)
“CLASSICA nunca se afirmou uma revista periódica; a sua elaboração está condicionada por numerosos factores. O espaço dilatado que medeia entre este número e o anterior é consequência desses factores e, por outro lado, também da consciência da responsabilidade interventiva da revista. Num momento em que se discutem novos programas para o ensino secundário e experimentam novos processos de formação de professores (…), a direcção de CLASSICA concentrou os seus esforços na publicação de Religandum de Cristina de Sousa Pimentel.”
“O presente número de CLASSICA retoma a temática tradicional, dando especial atenção ao estudo da epopeia. Assim, publicam-se três trabalhos complementares sobre a problemática do aedo nos Poemas Homéricos (…). O estudo da Eneida regressa às páginas de CLASSICA (…).
A problemática das línguas clássicas e a situação do seu estudo são temas abordados por Cristina de Sousa Pimentel e Aires Augusto Nascimento. Ilustrando todas as tendências científicas, metodológicas e pedagógicas, CLASSICA procura contribuir para manter vivo o estudo das línguas e culturas clássicas e, também, para que este exercício seja activo e não um simples complementar unidimensional. O gozo que decorre do convívio com a cultura clássica deve ser partilhado em larga escala e não apenas cultivado em núcleos cada vez mais limitados e inacessíveis. Não basta falar na influência de “Homero” em Joyce; é preciso ler a Odisseia e o Ulysses.”
Sumário
- “Nota de abertura” | Victor Jabouille (p. V)
- “O Aedo. Introdução” | Victor Jabouille (p. 1)
- “O Aedo na Sociedade Homérica” | Paulo Farmhouse Alberto (p. 3)
- “O Aedo e o Herói” | Frederico Lourenço (p. 11)
- “A Actividade Aédica de Helena” | Ana Alexandra Sousa (p. 19)
- “Outra Vez Eneias” | Joaquim Mendes de Castro (p. 39)
- “A «Pietas» de Lauso, de Turno e de Eneias” | João Beato (p. 63)
- “Ode XXII do Livro III de Horácio (Esboço de Análise segundo a Óptica Formalista)” | Maria do Céu Novais de Faria (p. 71)
- “Alguns aspectos da materialização de mitologia clássica na literatura barroca” | Victor Jabouille (p. 77)
- “O Despertar dos Deuses” | M.ª Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 85)
- “Perspectivas Europeias da situação das línguas clássicas: Reunião da CNARELA — Estrasburgo, 5, 6 e 7 de Novembro de 1987″ | Aires Augusto Nascimento (p. 89)
- “Situation des langues classiques au Portugal” | Aires Augusto Nascimento (p. 95)
- “«Colloquium Didacticum Classicum XII Salisburgense» — Salisburgo, 26–30 de Setembro de 1988 — Relatório de participação” | Aires Augusto Nascimento (p. 101)
- “Project de «Nouvelles thèses de Besançon» ou proposition de Besançon pour un texte national: Didactique des langues anciennes: Charte de Paris (1989)” | (p. 105)
- “Informação Bibliográfica” | M.ª Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 113)
- “International Summer School for Teachers of Classics — St. Andrews, Scotland, 6–10 August 1990″ | (p.119)
Direcção
Victor Jabouille
Cristina Pimentel
Cristina Abranches
Fernando Lemos
Arnaldo Espírito Santo.
Número 17 (1991)
“Apesar da não periodicidade, a revista CLASSICA continua activa, viva e convicta na concretização dos objectivos que a orientam, em particular a divulgação e defesa da Cultura Clássica numa perspectiva contemporânea.”
Sumário
- “Nota de Abertura” | Victor Jabouille (p. V)
- “La Guerre des Gaules de César, un texte constitutif de l’identité européenne” | Peter Wülfing (p. 1)
- “Enseignement des textes techniques latins” | Ph. Fleury (p. 19)
- “La situation de la femme dans l’Antiquité gréco-romaine — Point de vue de l’enseignement secondaire” | Chantal Janssens (p. 29)
- “Tentativa de análise formal de «A Fragilidade da Vida Humana» de Francisco de Vasconcelos” | João Beato (p. 43)
- “Do Amor à Solidão, o Passo Breve” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 51)
- “Novas perspectivas na formação de professores de Latim” | Victor Jabouille (p. 61)
- “Vivacidade e Perenidade da Cultura Clássica” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 65)
- “Do Sucesso de uma Exposição” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 69)
- Errata
Direcção
Victor Jabouille
Cristina Pimentel
Cristina Abranches
Fernando Lemos
Arnaldo Espírito Santo
Com o patrocínio do ICALP e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Número 18 (1992)
Neste número, publicaram-se as actas do colóquio “O Ensino das Línguas Clássicas”.
Sumário
- “Um Colóquio Sobre o Ensino das Líguas Clássicas” | Victor Jabouille (p. 3)
- “As Línguas Clássicas” | Aires Nascimento (p. 9)
- “O Computador e a Educação” | António Ribeiro Rebelo (p. 25)
- “SPHINX LATINA ― Uma aplicação no âmbito do ensino com auxílio do computador” | Paulo Farmhouse Alberto (p. 33)
- “As Primeiras Aulas de Latim: Sugestões” | Maria Gualdina Teixeira Lopes, Zacarias Nascimento, Alexandra Mariano, Catarina Pio Lima, Helena Henriques (p. 39)
- “A Expressão Escrita na Iniciação ao Latim” | Isaltina Martins (p. 59)
- “Para um Saber que se Busca” | António Augusto Rodrigues Tavares (p. 65)
- “Literatura e Ensino do Latim” | José António Segurado e Campos (p. 69)
- “Para um Ensino Dinâmico do Grego: Algumas Técnicas de Motivação e Aprendizagem” | Manuel Alexandre Júnior (p. 75)
- “Outros Textos para o Ensino do Latim: um Epigrama de Marcial” | Cristina de Sousa Pimentel (p. 83)
- “Contributo para uma Abordagem de Plínio-o-Moço” | António Mateus Vilhena (p. 91)
- “Da Lei de Bases à Escola do Currículo” | Fernando Lemos (p. 107)
- “Experiências de Trabalho em Didáctica das Línguas Clássicas” | Adelmo Junqueiro (p. 115)
- “Formação de Professores de Latim: Uma Perspectiva Universitária” | Victor Jabouille (p. 121)
- “Da Inactualidade da Cultura Clássica” | José Pedro Serra (p. 127)
- “A Arqueologia e o Ensino do Latim: Algumas Sugestões Práticas” | Carlos Fabião (p. 135)
- “A Utilização dos Textos Epigráficos no Ensino da Língua Latina” | Amílcar Guerra (p. 145)
- “Desafios Postos aos Docentes de Latim” | Joana de Barros (p. 153)
- “O Perfil do Professor de Línguas Clássicas. Resultado de um Inquérito” | Adriana Nogueira (p. 159)
- “Didáctica das Línguas Clássicas ― Experiências e Propostas” | Carlos Alberto Simão (p. 173)
- “Le manuel pour l’enseignement du latin aujourd’hui: un témoignage” | Marius Lavency (p. 179)
- “A Leitura Funcional na Didáctica das Línguas Clássicas” | Serafim Sequeira (p. 195)
- “Elementos Para um Curso Elementar de Grego” | Cristina Abranches (p. 205)
- “O Ensino do Grego: Um “Marketing” de Sedução” | Marília P. Futre (p. 217)
- “A Leitura no Processo de Ensino/Aprendizagem das Línguas Clássicas” | Manuel Rodrigues (p. 223)
- Errata
Direcção
Edição: Edições Colibri
Número 19 (1993)
“Atravessamos tempos difíceis. A crise económica mundial, a proliferação de focos de tensão e de guerra, o buraco na camada de ozone, a expansão da SIDA e da hepatite B, o crescimento incontrolável da fome e da violência, o desconhecimento dos velhos valores culturais: são estes alguns dos elementos que caracterizam e condicionam o presente. O abandono do estudo do Grego e do Latim é só mais um sintoma de definição deste final do século XX d.C.
Nós, os que estudamos as Línguas e as Culturas Clássicas e que trabalhamos nessa área científica, pensamos que os velhos valores culturais devem ser preservados e que são um dos meios de realização do homem.
Acreditamos, com convicção, que a Cultura que é o objecto da nossa investigação e do nosso estudo funciona como um importante elemento de dinamização, do desenvolvimento e de preparação de um futuro pelo menos mais digno e melhor do que o presente.
Por quanto tempo mais nos deixarão continuar a pensar assim?”
Sumário
- “Nota de Abertura” | Victor Jabouille (p. 3)
- “Cultura Clássica: Factor de União ou de Desunião?” | Cristina de Sousa Pimentel (p. 5)
- “Amor e Retórica no Fedro de Platão” | Frederico Lourenço (p. 11)
- “Eu, Professor de Latim: Hoje e Amanhã” | Victor Jabouille (p. 37)
- “Do Latim Como Forma de Prazer: Duas Sugestões para a Aula de Latim” | Luís Cerqueira (p. 55)
- “Olisipo e Tagus na Memória dos Latinos e à Descoberta de Olisipo em Lisboa” | Isabel Margarida Duarte e Santos Carolino, Maria Gualdina Teixeira Lopes, Maria João Toscano Rico (p. 65)
- “Uma Proposta Didáctica para o Ensino do Latim” | Maria Cristina Antunes Frutuoso (p. 129)
- “Vipasca I: Uma Proposta Didáctica” | Sandra Cristina Matos e António Carlos T. de Bettencourt (p. 159)
- “Era Verão, em Pompeios…” | Cristina de Sousa Pimentel (p. 175)
- “Um Poema Neo-Helénico” | Custódio Magueijo (p. 199)
- “Informação Bibliográfica” | Cristina de Sousa Pimentel (p. 201)
- Em destaque
Direcção
Victor Jabouille
Cristina de Sousa Pimentel
Cristina Abranches Guerreiro
Fernando Lemos
Arnaldo do Espírito Santo
Edição: Edições Colibri
Actas do Colóquio Internacional sobre o Ensino do Latim.
Sumário
- “Para o Latim: as razões que permanecem” | Aires A. Nascimento (p. 5)
- “O Texto Distante (para a recuperação dos clássicos)” | Aires A. Nascimento (p. 11)
- “Le Mythe d’Echo et de Narcisse chez Ovide” | Freddy Decreus (p. 25)
- “«Quem tem a Candeia Acesa?» A Insónia como Tópico Estético-Literário em Calímaco, Hélvio Cina e Ausónio” | Frederico Lourenço (p. 51)
- “Etimologia da Leitura” | J. A. Segurado e Campos (p. 61)
- “Latim «Macarrónico» uma Brincadeira Séria” | Custódio Magueijo (p. 71)
- “Informática e Estudo do Texto” | Marc Stielau (p. 75)
- “Latín Tardío en la Enseñanza” | Carmen Cordoñer (p. 89)
- “As Metamorfoses do Latim: da «Ginástica Intelectual» ao «Latim para Retardados»” | Cristina de Sousa Pimentel, Ana Paula Patrão, Abel Nascimento Pena (p. 105)
- “Considerações em torno de uma Carta de Cícero: ad Familiares, XIV, 7” | António Mateus Vilhena (p. 111)
- “Concvrsvs verborvm” | António Rodrigues de Almeida (p. 125)
- “O Insucesso no Ensino do Latim: Algumas Causas e Consequências” | Carlos Alberto Borges Simão (p. 139)
- “E o Latim: não se pode exterminá-lo?” | Victor Jabouille (p. 145)
- “Testes Linguísticos para o Principiante de Latim” | Paulo Farmhouse Alberto (p. 155)
- “Actualidade Pedagógica das Cartas de Clenardo” | Fernando Patrício de Lemos (p. 169)
- “O Ensino do Latim? E o Grego?” | André Filipe V. N. Simões, Eduardo Pereira Dinis, Fernando Manuel de Sousa Augusto, João Victor Alves, Maria de Fátima Gomes Ferreira, Maria Judite P. Barros da Costa, Maria do Rosário C. M. Militão e Verga Vigário, Sónia Marília V. P. da Fonseca Duque, Valdemiro Fernando Martins Rodrigues (p. 183)
- “O Latim, o Programa, os Autores do Programa, o Latim dos Autores” | Adriana Freire Nogueira (p. 195)
- “A Situação do Latim I nos Cursos Universitários de Português/Inglês e de Português/Alemão” | Maria Teresa Schiappa de Azevedo (p. 199)
- “Teaching Latin to Beginners at University” | Roger Green (p. 205)
- “Análise Mecânica do Texto (TACT)” | António Rodrigues de Almeida (p. 211)
- “Tecnologia e Didáctica no Ensino do Latim” | J. M. Díaz de Bustamante (p. 225)
- “Las Enseñanzas del S.C. de CN. Pisone Patre. El Método Comparativo y la Génesis del Documento” | Antonio Caballos Rufino (p. 233)
- “Epitáfios Latinos (em verso e prosa) no Túmulo de D. Afonso Henriques, em Coimbra” | José Geraldes Freire (p. 255)
- “Ensino do Latim e Modelos de Competência: o Aluno Formado pela Ratio Studiorum e pelas nossas Escolas” | José Sílvio M. Fernandes (p. 265)
- “Os Jesuítas e o Ensino do Latim: Lições Actuais de uma Didáctica Impraticável” | Manuel José de Sousa Barbosa (p. 271)
- “Electre et la Haine, ou Comment Lire un Texte Dramatique” | Freddy Decreus (p. 289)
- “ Uma Tarde no Circo (Calp., Ecl. 7, 57-72) Perspectivas Didácticas” | João Beato, Ana Paula Patrão, Ana Corrêa da Silva (p. 307)
- “A Viagem na Antiguidade: Uma Proposta Didáctica” | Marília Pulquério Futre Pinheiro, Vítor Humberto G. C. Ruas (p. 319)
- “Do Latim ao Português: Breve Abordagem da Problemática da Tradução” | Ana Alexandra Alves de Sousa (p. 343)
- “Algumas Ideias sobre o Compêndio de Latim para o 2.º Ano de Aprendizagem” | António Afonso Borregana (p. 351)
- “O Ensino de Latim: Exigência ou Sedução?” | João Manuel Nunes Torrão (p. 357)
Direcção
Victor Jabouille
Cristina de Sousa Pimentel
Cristina Abranches
Fernando Lemos
Arnaldo do Espírito Santo
“Atravessamos tempos difíceis. A crise económica mundial, a proliferação de focos de tensão e de guerra, o buraco na camada de ozone, a expansão da SIDA e da hepatite B, o crescimento incontrolável da fome e da violência, o desconhecimento dos velhos valores culturais: são estes alguns dos elementos que caracterizam e condicionam o presente. O abandono do estudo do Grego e do Latim é só mais um sintoma de definição deste final do século XX d.C.
Nós, os que estudamos as Línguas e as Culturas Clássicas e que trabalhamos nessa área científica, pensamos que os velhos valores culturais devem ser preservados e que são um dos meios de realização do homem.
Acreditamos, com convicção, que a Cultura que é o objecto da nossa investigação e do nosso estudo funciona como um importante elemento de dinamização, do desenvolvimento e de preparação de um futuro pelo menos mais digno e melhor do que o presente.
Por quanto tempo mais nos deixarão continuar a pensar assim?”
Sumário
- “Palavras prévias” | Victor Jabouille (p. 5)
- “Baquílides 11: Arquitectura de um Epinício” | J. A. Segurado e Campos (p. 7)
- “Por Causa da Cor do Trigo” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 55)
- “Philia na Alceste de Eurípides” | Frederico Lourenço (p. 61)
- “Niso e Euríalo: de Virgílio a Eugénio de Toledo” | Paulo Farmhouse Alberto (p. 69)
- “Quando as Máscaras Caíram – Ovídio e as Amizades Frustradas” | Carlos Ascenso André (p. 85)
- “Inferência Lógica e Descrição Linguística, Estudo dum Grupo Sintagmático em Latim (construções simétricas)” | Custódio Magueijo (p. 95)
- “Aristóteles: A História da Filosofia e o Método da Filosofia” | Maria José Figueiredo (p. 115)
- “Structuration de l’Argument Propositionnel Représentant la Cause en Français et Portugais. Degré d’Isomorphisme” | Barbara Hlibowicka-Weglarz (p. 129)
- “O Trágico como Essência do Herói Épico na Ilíada” | Alexandre Franco de Sá (p. 141)
- “Seneca’s Visionary Drama” | Anna Lydia Motto, John R. Clark (p. 155)
Direcção
Victor Jabouille
Cristina de Sousa Pimentel
Fernando Lemos
Arnaldo do Espírito Santo
Número 22 (1997)
Sumário
- “A Celebração de Hispânia: da Distância ao Sonho e do Interesse ao Afecto” | Aires A. Nascimento (p. 5)
- “L’Occidente Iberico nell’Immaginario e nella Coscienza dei Romani” | Paolo Fedeli (p. 21)
- “Vinho – Amor – Prazer: Temas Clássicos no Canto Latino de um Português de Quinhentos” | Carlos Ascenso André (p. 37)
- “Os Mitos do Ocidente” | Victor Jabouille (p. 49)
- “Cidades Hispânicas no Ordo Vrbium Nobilium de Ausónio: uma Proposta Didáctica” | Frederico Lourenço (p. 63)
- “A Tempestade: Visões Ocidentais de um Tema Clássico. Exploração Didáctica numa Perspectiva Intertextual” | Fernando Patrício de Lemos (p. 69)
- “Ratio e Voluntas no Pensamento de Séneca” | J. A. Segurado e Campos (p. 79)
- “Quintiliano, uma Voz Hispânica” | Manuel Alexandre Júnior (p. 93)
- “Delirant Isti Hispani ou uma Maneira Demasiado Simplista de Ver a Península Ibérica” | João Manuel Nunes Torrão (p. 103)
- “OCCIDVA PLAGA — o Jogo das Palavras” | António Rodrigues de Almeida (p. 111)
- “Braga: um Centro de Cultura no Ocidente Hispânico do Séc. VI” | Arnaldo do Espírito Santo (p. 121)
- “Orósio e Constantino (hist. 7.28)” | Paulo Farmhouse Alberto (p. 133)
- “Visões Patrísticas sobre o Oriente e o Ocidente. A Cidade, o Exílio e as Heresias” | Abel N. Pena (p. 161)
- “La Fascination de L’Ouest dans l’Antiquité et Après” | Peter Wülfing (p. 179)
- “Visão da Hispania nos seus Autores: Marcial” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 189)
- “A Lusitânia Pliniana” | Francisco de Oliveira (p. 207)
- “Os Locais do Ocidente: Entre o Real e o Imaginário” | João Daniel Lourenço (p .223)
- “A Aurora e o Crepúsculo: Visões Ocidentais de um Poeta no Estrangeiro” | João Beato (p. 231)
- “Perspectiva Pedagógica do Actual Programa de Latim” | António Afonso Borregana (p. 241)
- “Os Programas que Temos e a sua Exequibilidade” | Alexandre Manuel Gonçalves, Carla Eugénia Mariano, Daniel Ferreira Gomes, Elisabete Coroa Carajote, Fernanda Manuela Nunes, José Paulo Tavares, Luís Miguel Dias, Manuel Cruz Ramos, Margarida Sofia Caldeira, Neuza Santos Duarte, Paula Alexandre Martins, Zilda Marina Canuto (p. 245)
- “Para uma Nova Didáctica das Línguas Clássicas — que Materiais?” | Isaltina Martins (p. 249)
- “Instrumentos de Ensino das Línguas Clássicas: uma Proposta para Futuros Manuais Escolares” | João Silva Soares (p. 257)
- “Modelos de Formação de Professores de Latim (e de Grego?)” | João Manuel Nunes Torrão (p. 263)
- “O Modelo de Formação de Professores da FLL em Línguas e Literaturas Clássicas” | Fernando Patrício de Lemos (p. 267)
Direcção
Victor Jabouille
Cristina Pimentel
Fernando Lemos
Arnaldo Espírito Santo
Número 23 (1999)
Apesar da violência natural e humana e das grandes perturbações que preenchem este final do século XX d.C., as “coisas” clássicas parecem prosseguir, e bem, o seu percurso no nosso país. Novas revistas, novos cursos de Licenciatura e de Mestrado, profusão de Congressos e Colóquios nacionais e internacionais, sobrevivência dos antigos cursos e das velhas revistas (algumas remodeladas) — mesmo que, como no caso da CLASSICA, tenham sido obrigadas a quebrar a periodicidade da sua edição —, inúmeras publicações, defesas de muitas dissertações de Doutoramento e de Mestrado, reconhecimento internacional… Tudo parece indicar um clima de abundância e de fortalecimento.
É evidente que as referências feitas são consequência directa do trabalho de alguns que, principalmente no meio universitário, se agitam e persistem em pugnar na defesa de uma cultura fundamentadora em que acreditem e que consideram indispensável. De facto, e olhando com realismo o outro lado do panorama nacional, o Grego está moribundo, confinando-se o seu ensino a algumas — muito poucas — Escolhas Secundárias e Universidades. Quanto ao Latim — mal-amado por muitos, principalmente pelos detentores de um saber tão moderno e tão especializado que confina com o limes de uma ignorância cabotina –, assistimos à diminuição crescente do número de alunos inscritos no Ensino Secundário e à fragilização da sua docência no Ensino Superior.
O Grego e o Latim — termos genéricos que englobam as línguas mas também as respectivas culturas — são, talvez, desnecessários neste nosso tempo. Já falámos disso e os novos dados apenas acentuam os anteriormente adquiridos. Não deixa, contudo, de ser cada vez mais evidente o vazio cultural que é criado com o abandono do cultivo dos litterae humanitores. Não deixa de ser curioso verificar como a “sociedade global” é cada vez menos culta e, em consequência, menos criativa e qualitativamente menos produtiva. A fundamentação cultural é uma mais-valia em qualquer época; ignorá-la é um risco demasiado grande e de consequências negativas e irrecuperáveis. Compreender o mundo moderno é, necessariamente, conhecer e integrar o passado, os actos e os artefactos tradicionais.
Repara-se no modo confrangedor como a língua portuguesa é tratada pela incompetência dos utentes responsáveis, consequência da ignorância das línguas e valores clássicos. Uma experiência comprova-o: a televisão, fenómeno de comunicação e divulgação de massas não recente, adquiriu, em Portugal, uma dimensão maior. A concorrência entre os vários canais para a conquista de audiências e o aparecimento da televisão por cabo assumem-se como cúmplices no crime cultural. Pseudo-tradutores — maioritariamente habilitados com diplomas do ensino superior — enchem as legendas de dislates, disparates e outras barbaridades, fruto do desconhecimento das línguas originais e da incompetência em Português. E, principalmente, de uma imensa fragilidade cultural, que não permite sequer que tomem consciência das asneiras que escrevem.
O diagnóstico da situação está feito há muito; mas piorou. A situação é hoje mais grave porque as reformas pragmáticas em todos os graus de ensino pretendem ignorar a Cultura Clássica, desprezando o ensino das línguas e desconhecendo o da cultura. Em nome de curricula actualizados, impedem-se os alunos de se matricularem em Grego; em defesa de uma pedagogia de ponta, suprime-se o Latim. É a geração McDonald’s da cultura: os carnívoros que nunca comeram um bom bife, acham que o mundo da carne se extingue no cheeseburger… por vezes feito com minhocas.
A situação hoje é mais grave também porque é defendida em nome de uma política oficial de ensino e de perspectivas, comerciais, de afirmação do ensino superior. Há Universidades que pugnam pela supressão do Latim porque… se calhar, são muito novas, demasiado novas para saberem o que é o verdadeiro sentido do saber universitário (ou foram afectadas pela proximidade da praia…); o Ensino Superior Politécnico – embora copie os modelos curriculares humanísticos das Universidades –, não tem lugar para a Cultura Clássica por ser poli-técniko… Quanto aos Ensinos Básico e Secundário, continuam, embora o neguem, em fase experimental de definição e procura, definitivamente afastados dos valores fundamentares e dos saberes essenciais, embalados na descoberta da mais recente novidade importada, por vezes velha de séculos. As excepções confirmam a tendência generalizada.
Não somos, de modo algum, contra a inovação, a invenção, a definição de novos quadros epistemológicos ou a introdução de matérias diferentes, actuais e práticas. Somos, também, a favor do não aniquilamento daquilo que é culturalmente formador e indispensável para todos, seja qual for o grau de especialização tecnológica. Defendemos, mais, que as duas perspectivas são conciliáveis e, mesmo, compatíveis. Não é novidade, não é original. A CLASSICA procura ser, há mais de vinte anos, uma forma de continuação.
O balanço pessimista dos Estudos Clássicos não é apenas nacional. De facto, um pouco por todo o lado, assistimos, de forma mais ou menos acentuada, ao enfraquecimento do interesse pelas “coisas clássicas”. Os modernos planos curriculares não têm espaço para o Grego nem para o Latim, o homem moderno deixou de estar disponível para as coisas profundas, o stress do quotidiano e o exaspero acelerado da vida moderna impedem a abertura de espaços de fruição e enriquecimento culturais. Mas surgem, também, indícios de sinal contrário.
A problemática da actualidade do Latim volta a ser equacionada em livro acabado de publicar — Le Latin ou l’Empire d’un signe. XVIe-XXe siècle de Françoise Waquet (Paris, Albin Michel, 1999) —, actualizando de forma pertinente o discurso acerca do seu interesse. O competente dicionário de Gaffiot conheceu uma reedição em 1999. No seu número 235 (Setembro de 1999), a revista L’Histoire dedica a Tribuna da última página (grande destaque) a um artigo de Bernard Sergent com o sugestivo título “Sauvons le Grec”. O Presidente da Sociedade Francesa de Mitologia, depois de analisar o lugar do Grego no sistema escolar francês e de realçar a sua importância para a língua e para as ciências, aponta duas medidas de solução para ultrapassar esta fase crítica, uma delas “progressista”: “… visto que os cursos ditos “europeus” se multiplicam em França [e em Portugal, diríamos], é necessário impor o Grego como matéria obrigatória. Pela simples razão de que a cultura grega é a única que foi comum à Europa Ocidental e à Europa Oriental.” O Grego é, em suma, a herança cultural que partilhamos com toda a Europa. Fica, é claro, uma última pergunta: terão os classicistas alguma culpa na concretização do estado negativo? Os classicistas, creio que não; grande parte das pessoas que andam pelas clássicas, sim. A prova positiva está nos exemplos com que iniciámos estas breves palavras de abertura; a negativa, cada um terá a sua…
Victor Jabouille
Sumário
- “Breves palavras de abertura…” | Victor Jabouille (p. 5)
- “Séneca, Brecht e o Teatro Épico” | José António Segurado e Campos (p. 9)
- “A Mediatio Mortis nas Tragédias de Séneca” | Maria Cristina Pimentel (p. 27)
- “Expressões da Morte na Mitologia Grega” | Victor Jabouille (p. 47)
- “Vergílio e a Idéia de Kósmos” | João Vicente Ganzarolii de Oliveira (p. 61)
- “Intraduzíveis e Semitraduzíveis” | Custódio Magueijo (p. 71)
- “A Sofística e a Educação Ateniense no Séc. V a.C.” | Adriana Freire Nogueira (p. 87)
- “Sobre o Trágico” | Mafalda de Oliveira Viana (p. 107)
- “Roma e o Cinema, para uma Nova Abordagem da História da Antiguidade” | Nuno Simões Rodrigues (p. 113)
Direcção
Victor Jabouille
Cristina Pimentel
Fernando Lemos
Arnaldo Espírito Santo
Número 24 (2002)
“Faz agora um ano que Victor Jabouille nos deixou. Este volume de CLASSICA, o primeiro que se publica sem a sua colaboração e o seu dedicado empenho, é uma homenagem que queremos prestar-lhe, agora que, sem que a mágoa tenha diminuído, o passar dos meses e a rotina dos dias esbateu um pouco o espanto de vê-lo partir, de forma tão cruel e abrupta, com apenas 54 anos.
É por isso que, com um conjunto de textos que, de forma mais ou menos estreita, a ele são dedicados ou com ele se relacionam, evocamos o amigo e o companheiro de muitos anos e muitas lutas académicas, e a sua afável convivência na partilha de interesses comuns e das horas simples de amizade, talvez as que mais dificilmente se esquecem.
Nos estudos que agora se publicam, há, assim, um fio condutor que é, muito mais que um amor comum pelas “coisas clássicas”, a vontade de lembrar Victor Jabouille, dando continuidade ao projecto de CLASSICA, a revista que ele ajudou a fundar e sempre acarinhou.”
Sumário
- Palavras Prévias | (p. 5)
- “A Morte Heróica: Transfigurar a Vida pela Meditação na Morte” | José Pedro Serra (p. 7)
- “Ifigénia em Áulis: A Comédia da Inocência” | Marina Azevedo (p. 15)
- “Aristófanes Crítico da Poesia” | Maria de Fátima Silva (p. 37)
- “De Ciro a Xerxes — Os Reis Persas e o Sonho de um Império nas Histórias de Heródoto” | Cristina Abranches Guerreiro (p. 59)
- “Mais traduções Portuguesas de Teócrito” | Nuno Simões Rodrigues (p.81)
- “Em torno do Anfitrião” | J. A. Segurado e Campos (p. 101)
- “Troiae Qui Primus Ab Oris?” | Luís M. G. Cerqueira (p. 111)
- “Calpúrnio: Um Poeta a Quem os Deuses não Sorriram” | João Beato (p. 119)
- “Uma Revisão Crítica do Proémio das Argonautica de Valério Flaco (I, 1-21)” | Ana Alexandra Alves de Sousa (p. 129)
- “Genus Hominum vt Invisum Deis, A Representação dos Judeus na Roma Imperial: O exemplo de Tácito” | Rodrigo Furtado (p. 137)
- “O Conceito do «Clássico» a propósito do Fortleben da Germânia” | Ana Maria Tarrío (p. 161)
- “Teatro Jesuítico: Ou a Eficácia duma Pedagogia do Humanismo” | Manuel José de Sousa Barbosa (p. 173)
- “Idades do Mundo e Utopia” | Arnaldo do Espírito Santo (p. 219)
- “Mitos, Lendas e História” | Paulo F. Alberto (p. 233)
- “O Locus do Sentido na Hermenêutica Retórica e Literária” | Manuel Alexandre Jr. (p.251)
- “O Novo Mito de Ulisses, Dantesco” | José da Costa Miranda (p. 273)
- “Compostos em –metro a propósito de parquímetro (parcómetro?)” | Custódio Magueijo (p. 277)
- “Primeira leitura de Vlisses de J. Joyce” | Abel N. Pena (p. 289)
- “Reflexão sobre os Critério de Selecção de Manuais Escolares (de Línguas Clássicas)” | António Manuel R. Rebelo (p. 295)
- “Genethliacon” | Frederico Lourenço, Paulo Farmhouse Alberto (p. 321)
Direcção
Cristina de Sousa Pimentel
Fernando Lemos
Arnaldo do Espírito Santo
Edição: Edições Colibri
Número 25 (2006)
Depois de longa ausência, volta ao convívio dos seus leitores a revista CLASSICA. Preparada, desde o seu primeiro número, com os constrangimentos de uma publicação sem apoios, totalmente dependente dos cada vez mais escassos momentos livres dos membros da Direcção e da generosa contribuição dos que aceitam entregar-nos artigos para divulgarmos, nem por isso nela deixamos de emprenhar o melhor do nosso esforço. Sopram os ventos cada vez mais adversos para os Estudos Clássicos.
Num círculo vicioso em que, por um lado, se retira das escolhas secundárias as Humanidades e se restringe a um único ramo em que se pode estudar Latim e Grego, ainda assim remetidos para estatuto opcional e lugar simbólico, e em que, por outro lado, se penalizam os cursos universitários que não têm um número folgado de entradas, como é o caso de Estudos Clássicos, cabe-nos, mais do que nunca, não deixar esquecer as raízes culturais que nos identificam e em que nos reconhecemos. O conjunto de estudos que aqui reunimos dão, segundo cremos, testemunho de quanto, no mundo antigo, há de actual e imprescindível para que nos conheçamos no presente. A Direcção da CLASSICA pretende — e esse é compromisso que assumimos — retomar a publicação da revista com periodicidade regular. O próximo número, já em preparação, sairá no fim de 2006. Além disso, fazemos notar que, a partir deste volume, a revista passa a contar com uma Comissão Científica que, como é norma internacional, garantirá a qualidade dos artigos publicados. Uma última palavra, de mágoa e saudade. Em Setembro de 2005 deixou-nos o nosso colega Fernando José Patrício de Lemos, arrancado prematura e subitamente ao nosso convívio. Nos últimos anos, e desde que integrava a direcção da CLASSICA, a sua dedicação foi fundamental para a vida da revista. O volume que agora editamos evoca comovidamente a sua memória. E o próximo ser-lhe-á dedicado. Seja essa a forma singela de lhe dizermos que o admirávamos e que sentimos falta do seu convívio.
Sumário
- “Palavras Prévias” | (p. 5)
- “Cidadania Clássica e Cidadania Democrática” | José Ribeiro Ferreira (p. 7)
- “O Exercício da Virtude na Vida Pública: O Exemplo de Aristides” | Joaquim Pinheiro (p. 23)
- “Para uma Definição de Matrizes: Gregos, Romanos e Judeus em Confronto no Séc. I d.C.” | Nuno Simões Rodrigues (p. 35)
- “As Vítimas da Guerra na Eneida de Vergílio” | Cristina Santos Pinheiro (p. 51)
- “O que é a Odisseia?” | Sofia Frade (p. 73)
- “Os Poemas de Estratão de Sardes” | Frederico Lourenço (p. 87)
- “Três Nótulas de Direito Romano” | Pedro Miguel Correia Marques (p. 99)
- “Hagiografia Medieval Hispânica: Realidade e Construção” | André Simões (p. 113)
- “The Tradition of Captatio Benevolentiae in the Medieval Ars Dictaminis: The English Issue” | Teresa Sánchez Roura (p. 135)
- “Valores Humanísticos em Damião de Góis” | Arnaldo do Espírito Santo (p. 153)
- “A Propósito dos Jogos Para… Límpicos (!)” | Custódio Magueijo (p. 167)
- “«Houveram pessoas… Mas já não hão!»” | Custódio Magueijo (p. 173)
- “O Sintoma e a Síndrome” | Custódio Magueijo (p. 177)
Direcção
Arnaldo do Espírito Santo
Cristina de Sousa Pimentel
Ana Maria S. Tarrío
André Nunes Simões.
Comissão Científica
José Ribeiro Ferreira
João Manuel N. Torrão
Cláudia Amparo Teixeira
Manuel E. Vázquez Buján
Arnaldo do Espírito Santo
Cristina de Sousa Pimentel
Ana Maria Sánchez Tarrío
Publicação da Revista Classica: vol. 1 (1989)
Religandum
“A proposta tal como aqui se apresenta visa atingir o reconhecimento e a apreensão de estruturas fundamentais da língua, e tem o atractivo de muitas vezes as fazer descobrir nos usos quotidianos da própria língua materna, onde se continuam em estado mais ou menos fragmentário; reconduzidas à estrutura de base, estas mesmas ganharão também em coerência e racionalização. Num segundo objectivo, visa-se igualmente atingir comportamentos e juízos de situação, não através de qualquer texto interpretativo do mundo romano, mas mediante formulações que o próprio mundo romano conheceu e a tradição escolar trouxe até nós. Publílio Siro, pois dele se trata, não é dos autores canónicos, mas fornece materiais úteis; mérito há em reconhecer-lhe em voz alta a função que terá desempenhado noutros tempos.”
Sumário
- “Apresentação” | Aires Nascimento (p. V)
- “Introdução” (p. 1)
- 1.º Núcleo (p. 11)
- Nominativo e acusativo das cinco declinações.
- Nominativo e acusativo dos adjectivos tema em o/e; a e tema em i.
- Presente do indicativo e infinitivo presente das quatro conjugações.
- Funções sintáctivas mais comuns.
- Fonética: rotacismo, apofonia (em sílaba interior aberta e fechada), assimilação (regressiva total).
- Lexicologia: compostos perfeitos.
- 2.º Núcleo (p. 23)
- Genitivo das cinco declinações e dos adjectivos de tema em o/e/a e tema em i.
- Principais valores do genitivo: adnominal e partitivo.
- 3.º Núcleo (p. 33)
- Dativo das cinco declinações e dos adjectivos de tema em o/e/a e tema em i.
- Principais valores do dativo: dativo de interesse; dativo de fim; a função de complemento indirecto.
- 4.º Núcleo (p.41)
- Ablativo das cinco declinações e dos adjectivos de tema em o/e/a e tema em i.
- Valores do ablativo.
- Complementos circunstaciais.
- Sincretismo do ablativo.
- Regência de preposições e verbos.
- Numerais.
- 5.º Núcleo (p. 51)
- Introdução às orações subordinadas: as temporais com ablativo (cum, ubi, dum).
- Complementos circunstaciais.
- Formas nominais dos verbos: particípio presente.
- 6.º Núcleo (p. 59)
- Sistema do infectum e do perfectum.
- Aspecto verbal.
- Formação do conjuntivo presente e do futuro imperfeito do indicativo.
- Tipos de perfeito.
- Valores do conjuntivo.
- 7.º Núcleo (p. 67)
- Os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos e relativos indefinidos.
- 8.º Núcleo – 1.ª parte (p. 77)
- O pronome relativo; a oração relativa adjectiva.
- Continuação do estudo dos pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e indefinidos.
- 8.º Núcleo – 2.ª parte (p. 87)
- O pronome relativo; a oração relativa adjectiva.
- Continuação do estudo dos pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e indefinidos.
- 9.º Núcleo (p. 97)
- Graus dos adjectivos.
- Formação de advérbios de modo.
- Graus dos advérbios.
- 10.º Núcleo (p. 113)
- 2.º termo de comparação: construções.
- Oração subordinada comparativa.
- 11.º Núcleo (p. 123)
- Verbo sum: emprego e significado.
- Construções do verbo sum: com genitivo; com dativo; com dois dativo.
- Compostos de sum e suas construções.
- Verbos irrgulares: uolo, nolo.
- 12.º Núcleo (p. 137)
- Voz passiva.
- Construção do agente da passiva.
- 13.º Núcleo (p. 149)
- Verbos depoentes e semi-depoentes; verbo fio.
- 14.º Núcleo (p. 165)
- Formas nominais dos verbos.
- Particípio presente e passado.
- Gerundivo.
- Gerúndio.
- Infinitivo.
- Supino.
- 15.º Núcleo (p.175)
- Perifrástica activa.
- Perifrástica passiva.
- 16.º Núcleo (p. 187)
- Verbos defectivos e impessoais.
- 17.º Núcleo (p. 199)
- Orações completivas (subjetivas e objectivas).
- As completivas infinitivas.
- As completivas interrogativas indirectas.
- As completivas conjuncionais.
- 18.º Núcleo (p. 213)
- A frase interrogativa (directa).
- A frase exclamativa.
- A frase negativa.
- A ordem na negativa.
- 19.º Núcleo (p. 221)
- Orações subordinadas adverbiais: causais, temporais, temporais-causais, condicionais (modo real e eventual; condicional na negativa), finais, concessivas, consecutivas, relativas adverbiais.
- Atracção modal.
- Anexo 1: Provérbios (p. 237)
- Anexo 2: Bibliografia (p. 253)
- Errata
Autoria
Cristina de Sousa Pimentel
Composição, impressão e encadernação: Reprografia da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa
Publicações da Revista Classica: vol.2 (1990)
Estudos sobre a Eneida
“A Eneida, poema épico de Vergílio, é uma leitura indispensável para todos aqueles que, por convicção, gozo estético, interesse ou, até, obrigação, se debruçam sobre a literatura e cultura antigas, para todos aqueles que a elas recorrem como elementos referenciais. Leitura necessária, embora difícil, o poema tem, ao longo dos séculos, inspirado inúmeros estudos críticos que procuram explicar, compreender, interpretar, analisar… actualizar a obra do poeta mantuano.
Classica publicou nas suas páginas alguns artigos de estudiosos portugueses dedicados à epopeia de Vergílio. Curiosamente, os volumes em questão encontram-se esgotados. Como os artigos continuam a ser solicitados, a Direcção da revista decidiu reeditá-los, reunindo-os no presente volume da Biblioteca da Classica. Ao fazê-lo, homenageia-se, uma vez mais, o Autor e o Poema e, simultaneamente, divulgam-se trabalhos importantes de estudiosos nacionais, que Classica se orgulha e sente honrada por ter publicado. Esperamos, ainda, que o presente volume, para além da informação que proporciona, constitua um factor de aliciamento para a releitura do poema.
Sumário
- “Apresentação” | Victor Jabouille (p. IV)
- “O episódio de Dido na Eneida” | Manuel dos Santos Rodrigues (p. 1) | Inicialmente publicado em Classica n.º 2, 1977, p. 29
- “O Cavalo de Tróia” | J. A. Segurado e Campos (p. 21) | Inicialmente publicado em Classica n.º 8, 1982, p. 5
- “Traduções portuguesas de Virgílio” | Aires Augusto Nascimento (p. 71) | Inicialmente publicado em Classica n.º 8, 1982, p. 83
- “Contributo para uma leitura da Eneida mediante a análise da figura de Eneias” | Arnaldo M. Espírito Santo (p. 87) | Inicialmente publicado em Classica n.º 11, 1984, p. 77
- “Eneias ou o homem em busca de si mesmo” | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel (p. 123) | Inicialmente publicado em Classica n.º 12, 1985, p. 5
Direcção
Victor Jabouille
Cristina de Sousa Pimentel
Cristina Abranches
Fernando Lemos
Arnaldo do Espírito Santo